|
Trote Solidário da Univás ajudará pacientes com câncer
Pelo terceiro ano consecutivo a Universidade do Vale do Sapucaí (Univás) realizará uma programação especial para receber os calouros e promover uma integração entre veteranos, novatos e professores. Na unidade Fátima da Univás, o Trote Solidário será em prol da acadêmica do curso de Publicidade e Propaganda, Suélen Sequi, de 24 anos, que luta contra a leucemia pela segunda vez e nenhum de seus familiares tem compatibilidade para doação.
A chance da universitária encontrar um doador compatível entre pessoas com as quais não tem parentesco é ainda menor: pode chegar a 1 entre 100 mil, explica a coordenadora do Hemocentro Regional de Pouso Alegre, a médica Josiane Pollini.
Os números não chamaram a atenção da gerente de operações do Hospital Universitário Samuel Libânio (HUSL), Sílvia Regina Pereira da Silva, quando ela se cadastrou como doadora de medula alguns anos atrás. Cerca de dois anos depois, ela foi comunicada que era compatível com um paciente que aguardava o transplante e conta que não teve dúvidas quando foi questionada se realmente queria fazer a doação. Após fazer a coleta do líquido espinhal, Sílvia diz ter se sentido tão feliz como quando deu a luz aos seus filhos. "Quem me dera ter uma medula 'genérica' para ajudar muita gente", fala entusiasmada.
O colaborador da gerência de Informática da Fundação de Ensino Superior do Vale do Sapucaí (Fuvs), Rhonan Carlos Ferreira de Sousa também é doador de medula cadastrado e comenta que não vê a hora de receber a informação de que é compatível com um paciente. Rhonan e Sílvia fazem parte do grupo de mais de 2 milhões de doadores de medula óssea cadastrados no país, pessoas dispostas a ajudar pacientes como Suélen. Mas o número ainda é insuficiente para que sejam encontrados doadores para todos aqueles que esperam por um transplante, a exemplo de pacientes com outros tipos de câncer no sangue, como o linfoma, doença enfrentada pelo ator Reynaldo Gianecchini.
Sensibilizados com a situação de Suélen e de pacientes de todo o país, colegas de universidade da estudante abraçaram a causa e o curso de graduação em que Suélen está matriculada, Publicidade e Propaganda, também decidiu apoiar a ação social e fazer no trote solidário deste ano uma campanha para o cadastramento de doadores de medula óssea.
A campanha já recebeu o apoio da Direção Acadêmica da unidade Fátima, e dos cursos de graduação em História, Ciências Contábeis, Matemática e Pedagogia. O curso de Jornalismo, embora não tenha calouros neste ano, também apoiará o Trote Solidário com seus veteranos e professores.
Os cursos da unidade Central da Univás também estão fazendo uma campanha de doação de medula óssea para o Trote Solidário.
Quem não trabalha ou estuda na Univás também pode participar da campanha. Os interessados em se cadastrar como doadores de medula devem ter idades entre 18 e 54 anos e dirigir-se ao Hemocentro Regional de Pouso Alegre, de segunda a sexta-feira, das 7h15 ao meio-dia. O Hemocentro está localizado à Rua Comendador José Garcia, 825, ao lado da entrada do Pronto Socorro do HUSL.
Para fazer o cadastro, é preciso levar um documento de identidade e fazer uma coleta de sangue, como a realizada em um exame convencional. Quem já possui a carteirinha do SUS, pode levar o documento também, o que agiliza o cadastro. Não é necessário estar em jejum e não há problema se a pessoa estiver fazendo uso de medicação.
Por Lucas Silveira
Ascom/Fuvs
Com colaboração da coordenadora do curso de Publicidade e Propaganda, professora Hellen Patrícia Morais
 A acadêmica do curso de Publicidade e Propaganda da Univás, Suélen Sequi, que luta contra a leucemia |
