Disfunções da tireóide são abordadas em palestra da diretora da unidade Central da Univás
A diretora da unidade Central da Universidade do Vale do Sapucaí (Univás), professora Jussara Vono Toniolo ministrou no último sábado, 2 de junho, no anfiteatro da Medicina, uma palestra que teve como objetivo esclarecer e divulgar os problemas que podem ser causados pelos transtornos da tireóide.
Durante sua palestra, a professora Jussara Vono apresentou slides sobre as disfunções da tireóide, que atingem cerca de 300 milhões de pessoas no mundo, sendo que mais da metade desconhecem sua condição. "As mulheres em particular e os idosos são mais suscetíveis às doenças da tireóide. É comum que homens e mulheres que praticam atividade física e seguem uma dieta balanceada não consigam perder peso, mesmo mantendo a disciplina e a regularidade. Quando isso acontece, uma das suspeitas levantadas é uma disfunção da tireóide", comentou a diretora da unidade Central da Univás em sua palestra.
A tireóide é uma glândula endócrina que existe para harmonizar o funcionamento do organismo. Localizada no pescoço, é responsável pela produção de dois hormônios: o T3 (triodotironina) e o T4 (tiroxina), que estimulam o metabolismo e interferem no desempenho de órgãos como coração e rins, chegando a alterar o ciclo menstrual.
Na palestra, a professora Jussara Vono abordou também sobre o câncer na tireóide. "Nos casos em que se suspeita de nódulo maligno de tireóide está indicada a cirurgia de retirada completa da glândula, seguida de tratamento com iodo radioativo e hormônio da tireóide. O iodo radioativo é frequentemente usado na pós-cirurgia para matar as células cancerosas remanescentes", disse em sua palestra e acrescentou "o tratamento mais indicado para câncer de tireóide é a remoção da maior quantidade possível da glândula tireoidiana, para evitar que o câncer se dissemine para outros órgãos através da glândula. Todos os nódulos linfáticos afetados pelo câncer são removidos", completou.
A professora Jussara Vono, que é especialista em endocrinologia, apontou ainda os cuidados para prevenção de problemas na tireóide. "Prevenção é sempre o melhor remédio para qualquer tipo de doença. No caso de câncer de tireóide, o levantamento do histórico pessoal e familiar do paciente, assim como um bom exame físico são elementos importantes para o diagnóstico de câncer de tireóide", disse.
Os fatores considerados de risco são: O histórico do paciente, incluindo dados familiares, é, portanto, útil para a identificação de fatores de risco para desenvolver ou não um câncer de tireóide; o exame físico também é muito importante. Apesar de não ser definitivo, em alguns casos, nódulos ou outras alterações percebidas durante o exame físico podem indicar e facilitar o diagnóstico de câncer de tireóide. Nesses casos, o médico irá pedir outros exames para confirmar ou descartar a hipótese de câncer de tireóide.
No Brasil estima-se que 10 por cento das mulheres acima de 40 anos de idade e 20 por cento das que possuem mais de 60 anos manifestam algum tipo de doença relacionada à tireóide.
Por Lucas Silveira Ascom/Fuvs
Confira a cobertura fotográfica da palestra da diretora da unidade Central da Univás
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