Semana Médica da Univás explora o tema câncer
Desde o dia 8 de outubro, segunda-feira, ocorre no anfiteatro da Unidade Central da Universidade do Vale do Sapucaí (Univás) a 43ª Semana Médica do curso de Medicina da Univás que este ano se enfoca nos diversos tipos de Câncer.
No segundo dia de atividades a pneumologista e supervisora da Residência Médica em Pneumologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Ilka Lopes Santoro, ministrou a palestra "Câncer de Pulmão: Da epidemiologia ao diagnóstico". Em sua apresentação lembrou que a taxa de mortalidade por neoplasia de pulmão, mais conhecida por câncer de pulmão, vem aumentando desde a década de 1960 e a melhora tem sido muito lenta, por isso a melhor alternativa é atacar o fator de risco, quer dizer, não fumar ou parar de fumar: 90% dos casos de câncer no pulmão ocorrem em fumantes ou ex-fumantes.
Quanto mais cedo se começa a fumar, maior a chance de desenvolvimento de um câncer de pulmão, assim como quanto mais cedo se para de fumar, menor a chance de se ter o câncer e até mesmo maior a probabilidade de sobrevida após o diagnóstico da doença. Portanto, a melhor forma de evitar esse tipo de câncer é nunca fumar.
Na sequência, o ginecologista e chefe do departamento de Ginecologia da Unifesp, Afonso Celso Pinto Nazário, abordou a "Importância, fatores de risco e detecção precoce do câncer de mama", apontando que mulheres com mais de 65 anos ou que tenham dois ou mais parentes de primeiro grau acometidos por câncer de mama tem alto risco de desenvolver a doença. O uso recente de anticoncepcionais hormonais também é considerado um fator de risco, mas fraco.
O câncer de mama é o mais freqüente entre as mulheres no mundo e no Brasil sua maior incidência está no sudeste: 71 casos para cada 100 mil habitantes. A tendência de mortalidade pela doença vem caindo no sudeste e sul do país, mas não nos demais Estados, isso porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados.
O auto-exame mensal em mulheres a partir dos 20 anos é fundamental, tem custo zero e é muito importante em regiões pobres, no entanto não deve ser o único exame a partir dos 40 anos, quando o Ministério da Saúde Brasileiro determina que as mulheres devem fazer o exame físico anual. Após os 50 anos é recomendado que façam a mamografia bianual. Esse rastreamento mamográfico, ou seja, a realização do exame em pacientes acima dessa idade que não tem sintomas da doença, reduziu em 30% a mortalidade de mulheres entre 50 e 59 anos.
Por Izabella Campos Ocáriz Ascom/ Fuvs
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