| Notícia da Fundação de Ensino Superior do Vale do Sapucaí
Data 23/04/2015 15:45:01
Preocupado com a dengue, Hospital Samuel Libânio realiza treinamento para profissionais da saúde

O Hospital das Clínicas Samuel Libânio (HCSL), preocupado com a situação da dengue no município, realizou na manhã dessa quinta-feira (23) um treinamento sobre o manejo clínico da doença e o combate ao mosquito transmissor para médicos, farmacêuticos, enfermeiros, residentes e funcionários da Fundação de Ensino Superior do Vale do Sapucaí (Fuvs). O treinamento foi ministrado pelo médico Breno Pontes que defendeu que é primordial que os participantes do evento disseminem para toda a comunidade essas ações efetivas na tentativa de diminuir o risco da incidência da doença em Pouso Alegre. "Já que estamos convivendo com esse surto epidêmico é muito importante disseminarmos informações de combate e tratamento da doença para melhoramos a situação do nosso município", ressalta o médico.

A maior preocupação do HCSL é otimizar os atendimentos evitando aglomerações na porta do Pronto-Socorro."Estamos trabalhando para melhorar a logística dos atendimentos para que os médicos identifiquem rapidamente os sintomas da dengue. Também estamos promovendo uma integração com as redes básicas para que possamos atender meramente os casos mais graves.Dessa forma, esperamos agilizar os atendimentos evitando esse transtorno da espera do paciente na porta do Pronto-Socorro", explica Breno Pontes.

Para o Dr.Breno, os números crescentes de casos mostrados pelas Superintendência Regional e Secretaria Municipal de Saúde configuram um surto epidêmico de dengue na cidade. "Os bairros que mais preocupam são o Primavera, a divisa deste bairro com a região central, o Santa Luzia e Santo Antônio. Nestes casos, a administração pública deve atuar na fiscalização através dos vigilantes de endemias, a população limpando seus quintais e evitando água parada. No caso de suspeita da dengue, as pessoas devem procurar o mais rápido possível o atendimento médico", esclarece.

A maior parte dos criadouros do mosquito Aedes Aegypty estão nos domicílios e a participação da população em geral é fundamental para diminuir os casos."São atitudes simples que as pessoas devem tomar evitando o acúmulo de água parada e limpa nas casas, fazendo a coleta adequada dos resíduos descartáveis, cobrindo os reservatórios de água e colocando areia em pratos de vasos de plantas. Essa são algumas atitudes simples que vão eliminar os focos do mosquito transmissor nas residências", explica Breno Pontes.

Tratamento
Durante o treinamento, também foi esclarecido que quanto mais precoce iniciar a hidratação nos pacientes com dengue são evitadas complicações que muitas vezes podem ser fatais. Sobre a vacina, que está em programa de teste, Breno acredita que deve ser feita uma pressão diante da indústria farmacêutica para que libere o medicamento por conta da epidemia da doença."O governo precisa urgentemente diminuir o impacto da Dengue no Brasil já que o controle do mosquito pelas condições tropicais do país é mais complicada. As autoridades de Saúde esperam já para o próximo ano a liberação dessa vacina", adianta.

No caso do uso dos repelentes o médico sugere que as pessoas apliquem uma pequena quantidade em uma pequena parte do corpo para verificar a possibilidade de alergia, principalmente em crianças. O repelente também não deve ser usado perto dos olhos e da boca. Se não tiver alergia, a pessoa deve usar o repelente nos horários mais propícios para picada dos mosquitos transmissores no período da manhã até o final da tarde. O médico alerta que a população deve evitar a automedicação e não usar de forma alguma medicamentos com ácido acetilsalicílico (presentes por exemplo no AS Infantil e sais de frutas) que bloqueiam o trabalho de coagulação das plaquetas por até oito dias após ingestão.