| Notícia do Hospital das Clínicas Samuel Libânio
Data 17/09/2015 11:25:01
Pronto Socorro do Samuel Libânio sofre com superlotação e chega a atender mais de 300 pacientes por dia

O Hospital das Clínicas Samuel Libânio (HCSL) de Pouso Alegre sofre novamente com a superlotação no Pronto Socorro. Em várias ocasiões dessa semana, foram atendidas cerca de 300 pacientes num único dia sendo que muitos deles em macas posicionadas em forma de emergência no local. "Nesta quinta-feira a gente estava com 28 macas aqui no Pronto Socorro. A superlotação prejudica muito. Não tem como atender esse número de pacientes com nossa estrutura. Estamos com pacientes deitados aqui nos boxes porque não tem nem macas suficientes para levar as pessoas para fazer o raio-X ou serem examinadas para casos cirúrgicos", afirma desesperado o médico Bruno Aquino Marcelino. O HCSL atende além de Pouso Alegre outros 153 municípios com uma população estimada em 3 milhões de habitantes.

Segundo a diretora administrativa do HCSL, Jusselma de Paiva Reis, a precariedade de atendimento nos postos de saúde dos bairros São Geraldo e São João faz com que esse acúmulo de pacientes seja ainda maior. "Os pacientes reclamam que em muitas vezes não tem médico nos postos e que não outra alternativa a não ser vir para o Samuel Libânio. Se a prefeitura conseguisse fazer um trabalho para cuidar dos casos mais simples conseguiríamos atender os casos mais graves de forma mais correta. Porém, com a superlotação não conseguimos atender de forma adequada aqueles que nos procuram. É uma situação desesperadora", explica a diretora.

Um dos outros pontos que agrava a crise é o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que começou a funcionar sem estar concluída a rede de assistência e seus devidos credenciamentos. "Todos os pacientes atendidos por eles são trazidos para o Samuel Libânio pois a rede não está pronta. Em muitos casos eles também não fazem a triagem com pacientes mais graves o que causa esse caos aqui no atendimento. Estamos atendendo muito acima da nossa capacidade e mesmo no meio dessa crise não queremos desamparar a população da cidade", ressalta Jusselma Reis, pedindo compreensão das pessoas e explicando que o Hospital Samuel Libânio também é vítima da crise na área de saúde.

Com a limitação do número de leitos para internação, as pessoas ficam internadas no próprio Pronto Socorro, em condições precárias. "Estamos atendendo muito acima do nosso limite e não estamos conseguindo dar a assistência adequada que o paciente precisa. As autoridades precisam nos ajudar para que possamos acolher de forma digna a população que tanto precisa desse atendimento", conta a enfermeira responsável pelo Pronto Socorro, Poliany Cabral.