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Com superlotação, continua o caos no Pronto Socorro do Samuel Libânio
Enquanto o governador do Estado de Minas, Fernando Pimentel (PT) participava do Fórum Regional de Políticas Públicas em Pouso Alegre, o Pronto Socorro do Hospital das Clínicas Samuel Libânio(HCSL) amargava mais um dia de caos com dezenas de pacientes internados alguns sendo atendidos até no chão, sem leitos adequados e uma superlotação que tem sido registrada com frequência no local. Falando sobre uma possível ajuda de autoridades políticas, a diretora executiva da Fundação de Ensino Superior do Vale do Sapucaí (Fuvs), Sílvia Regina Pereira, desabafou: "Tratar de saúde é algo muito delicado. Era necessário que essas pessoas pudessem viver isso que acontece aqui. O que a gente precisa é que essas pessoas sentissem de perto o que nós sentimos todo dia aqui. Esse caos, essa situação de desespero com as pessoas precisando de atendimento e nós sem condições de dar esse atendimento com qualidade. Não é de hoje que pedimos o aumento de teto financeiro para podermos atender mais e melhor, mas a política no estado e no país vem sido feita ao contrário reduzindo recursos que já existiam. É lastimável essa situação".
O paciente Gilmar Sebastião Martins, que sofreu acidente e passou por seis cirurgias, a falta de atendimento nos postos de saúde de responsabilidade da Prefeitura de Pouso Alegre vem agravando a situação. "Nunca tive ajuda nenhuma da prefeitura. Toda vez que procurei e precisei de ajuda deles não tive. Estou decepcionado com o que essa administração fez com a saúde municipal. Nos últimos anos notei o aumento do atendimento aqui no Pronto socorro pois o prefeito não investiu nada em saúde. O governo estadual e federal deveria repassar mais verbas para o hospital e evitar essa tristeza. Ninguém tá aí com o povo sofrido", afirmou Gilmar, que reconhece o trabalho no Samuel Libânio. "Aqui no hospital a gente vê que, mesmo com a toda a dificuldade e o Pronto Socorro lotado, os médicos e enfermeiros fazem de tudo para atender bem. Sou orgulhoso de ter esse hospital na cidade", disse o paciente.
Para Maria Eunice Carvalho que levou a mãe idosa para ser atendida, o governo deveria dar mais atenção para área de saúde. "Procurei o Pronto Socorro pois minha mãe sofreu cirurgia na perna e estava passando mal. Vendo essa situação aqui queria pedir que o governo olhasse com mais carinho para população. São muitas vidas perdidas, muito sofrimento do povo por falta de atendimento, falta de socorro adequado. O governo precisa dar um pouquinho de atenção pra nós, olhar pro próximo e entender que a saúde é fundamental pro povo", ressaltou.
O HCSL atende além de Pouso Alegre outros 153 municípios com uma população estimada em 3 milhões de habitantes. "Temos registrado essa superlotação frequentemente aqui no hospital que não tem leito nenhum. Procuramos vagas na Rede SUS Fácil e Rede de Regulação mas não encontramos nada, nem para transferência desses pacientes. Cada vez ficamos mais angustiados em não poder ofertar um atendimento de qualidade que as pessoas merecem e necessitam", conta a diretora Sílvia Regina.Todo esse problema poderia ser resolvido se houvesse mais recursos para o Hospital, que ainda tem espaço físico para crescer, porém faltam agora os investimentos do governo para ampliação de leitos e a diminuição do sofrimento da população.
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