| Notícia do Hospital das Clínicas Samuel Libânio
Data 03/12/2015 11:20:01
Funcionários do Hospital Samuel Libânio aderem ao movimento "Luto pela Saúde"

O Hospital das Clínicas Samuel Libânio de Pouso Alegre aderiu no dia 2 de dezembro a uma grande mobilização entre os hospitais filantrópicos em todo o estado de Minas Gerais organizada pela Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de Minas Gerais (Federassantas). O movimento "Luto pela Saúde" protesta quanto ao parcelamento dos repasses dos recursos federais aos Municípios e Estados, referente ao mês de dezembro de 2015. Segundo pronunciamento do Ministério da Saúde, serão 50% do teto Média e Alta Complexidade no dia 10 de dezembro de 2015 e 50% restantes em 02 de janeiro de 2016.

Na tarde desta quarta-feira, parte dos funcionários se reuniram para manifestar contra a posição do Ministério da Saúde e fizeram um abraço simbólico no Hospital Samuel Libânio.
"Queremos deixar bem claro que não é uma paralisação. Estamos aderindo a campanha organizada pela Federassantas em Minas Gerais. Somos contra a paralisação que afetaria diretamente ao paciente, mas não podemos deixar de nos manifestar. Nós precisamos receber o que estava previsto e os governantes precisam rever sua posição e voltar atrás nessa fala do Ministério da Saúde. Esperamos que os recursos sejam repassados na íntegra no dia 10 de dezembro", explica a diretora executiva da Fundação de Ensino Superior do Vale do Sapucaí, Sílvia Regina Pereira.

A iniciativa tem por objetivo mostrar o luto dos funcionários e usuários pelo que ocorre com as instituições filantrópicas, como o Hospital Samuel Libânio, que são responsáveis por mais de 70% do atendimento SUS no estado de Minas Gerais. "O não repasse afetaria a rotina do nosso Hospital. A não transferência desses recursos implicaria no não pagamento de nossas contas. Deixaríamos de pagar funcionários e fornecedores. Isso pode acarretar numa dificuldade no atendimento", avalia Sílvia Regina, lembrando que o objetivo da manifestação é informar previamente para toda a sociedade o caos no setor, caso ocorram os parcelamentos anunciados pelo Ministério da Saúde ou qualquer retenção ou atraso que possa acontecer nos pagamentos aos hospitais.

Tal decisão do Ministério da Saúde está gerando riscos de fechamento de muitas Instituições Filantrópicas. Por isso, a Federassantas e as Instituições Filantrópicas de Minas Gerais, fazem a manifestação pacífica que permanecerá no decorrer de todo o mês de dezembro. "Usamos esse repasse para tudo no hospital e não pagamento praticamente inviabiliza o atendimento. Mas a população tem que entender que não é uma paralisação. Somos contra a paralisação. Paralisar é não assistir a comunidade. É contra o juramento da Medicina. É contra a Constituição. É contra o hospital. Não é uma paralisação. Não seremos reconhecidos pela paralisação, ao contrário, seremos reconhecidos por lutarmos até o fim para levar aos pacientes um atendimento digno e humanizado", afirma o diretor técnico do HCSL, Alan Nascimento Paiva.