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Captação de múltiplos órgãos é realizada no Hospital Samuel Libânio
Equipes do Hospital das Clínicas Samuel Libânio, de São Paulo e de Belo Horizonte fizeram a captação múltipla de órgãos de um doador de 33 anos no HCSL, nesta quinta-feira, dia 17 de março. "Fomos acionados para fazer essa captação de órgãos aqui em Pouso Alegre através da Central Nacional de Transplantes e a Central MG Transplantes. Fomos bem recebidos pela equipe do Hospital Samuel Libânio. Agora, os órgãos serão transportados para o Instituto do Coração de São Paulo (Incor) onde existem receptores esperando", explicou o médico Luís Gustavo Abdala, responsável pela equipe que veio de São Paulo.
A médica especialista em nefrologia, Daniela dos Santos Zica, que é a responsável pela Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos (CIHDOTT) contou que duas equipes foram acolhidas no Centro Cirúrgico do Hospital Samuel Libânio para fazer as avaliações dos órgãos para doação. "Eles vieram para fazer a captação de pulmão, coração, fígado, rins e córneas. Para essa doação múltipla de órgãos, que é pouco comum, é necessário que os pacientes tenham diagnósticos de morte encefálica. Diante do diagnóstico, a família do paciente é contatada. Nesse caso, o doador de 33 anos já havia manifestado esse desejo antes do óbito e a família por um extremo ato de amor aderiu a causa de solidariedade", explicou Daniela Zica. No Brasil, existe um ranking com listagem de receptores que serão beneficiados com os órgãos do doador pousoalegrense.
Estrutura do Hospital
O Hospital Samuel Libânio conta com uma nova sala de cirurgia para urgência e emergência, o que facilitou a ação dos médicos e aumentou as chances de salvar mais vidas. A responsável pela CIHDOTT, Daniela Zica, elogia a gestão do presidente da Fundação de Ensino Superior do Vale do Sapucaí (Fuvs), Rafael Simões, que proporciona a estrutura necessária para o Hospital Samuel Libânio realizar esse tipo de procedimento e salvar vidas. "Temos estrutura para atuar neste segmento, recebendo equipes de fora como também para fazer transplantes de rins e córneas dentro do Samuel Libânio. Muitas pessoas estão ganhando uma nova esperança de vida", conta a médica Daniela Zica, que defende que o ato de doação pode modificar a vida de várias pessoas, da família e da sociedade. "A doação de órgão é um ato de amor e solidariedade", conclui.
O médico José Renato de Mello, responsável pelo MG Transplantes em Pouso Alegre, falou da importância da central do Sul de Minas funcionar dentro do Hospital Samuel Libânio. "É muito importante pra nós estarmos dentro desse Hospital de ponta, totalmente equipado e preparado para realizar os procedimentos legais para o transplante, além de possuir todas as condições para logística da captação de órgãos", afirma.
José Renato esclarece que no caso de morte encefálica, o cérebro para de funcionar e o coração mantém o batimento normal. "O paciente doador é mantido por conta de medicamentos com uma pressão satisfatória e essa pressão faz com que os órgãos fiquem viáveis por determinado tempo. Nesse tempo tem que acontecer todo processo de captação", explica.
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