| Notícia do Hospital das Clínicas Samuel Libânio
Data 01/09/2016 09:09:01
Implantação do Protocolo de Sepse é mais um diferencial do Hospital Samuel Libânio

Mais uma vez os principais beneficiados serão os pacientes mais carentes do Sistema ùnico de Saúde (SUS)

O Treinamento para implantação do Protocolo Gerenciado de Sepse (Surviving Sepsis Campaign) no Hospital das Clínicas Samuel Libânio (HCSL) foi realizado na tarde desta quarta-feira, dia 31 de agosto. Os treinamentos serão realizados com enfermeiros, técnicos de enfermagem, representantes do laboratório e da farmácia hospitalar, médicos plantonistas, residentes e preceptores. Para o coordenador responsável, o médico Saulo Gonçalves Lamas, é mais um grande diferencial do Hospital levando em conta a alta incidência, custos e mortalidade associados a sepse. "Os principais beneficiados serão os pacientes mais carentes do Sistema Único de Saúde (SUS). Queremos em médio prazo, reduzir a mortalidade destes pacientes. Para isso, vamos agilizar o atendimento e o diagnóstico de Sepse", conta Saulo.

Os pacientes sépticos devem ser identificados através de uma triagem feita com a entrada deles no Pronto Socorro. Por isso, o trabalho depende de uma equipe multidisciplinar disposta e preparada para esse atendimento. "O sepse é um conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma infecção. Ela era conhecida antigamente como septicemia ou infecção no sangue. Hoje é mais conhecida como infecção generalizada. Na verdade, não é a infecção que está em todos os locais do organismo. Por vezes, a infecção pode estar localizada em apenas um órgão, como por exemplo, o pulmão, mas provoca em todo o organismo uma resposta com inflamação numa tentativa de combater o agente da infecção. Essa inflamação pode vir a comprometer o funcionamento de vários dos órgãos do paciente", esclarece.

Levando em conta todos esses motivos, o paciente pode não suportar e vir a falecer. Esse quadro é conhecido como disfunção ou falência de múltiplos órgãos. "A sepse é responsável por 25% da ocupação de leitos em UTIs no Brasil. Atualmente a sepse é a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia, superando o infarto do miocárdio e o câncer. Tem alta mortalidade no país, chegando a 65% dos casos, enquanto a média mundial está em torno de 40%", conta a diretora administrativa do HCSL, Jusselma Reis.