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De forma inédita, acadêmicos de Ciências Biológicas da Univás produzem lâminas histológicas
Confecção das lâminas usadas para visualizar tecidos ou células em microscópio vai trazer aprimoramento para alunos e economia para Universidade
O Projeto de Extensão desenvolvido pelo curso de Ciências Biológicas da Universidade do Vale do Sapucaí (Univás) para confecção de lâminas histológicas, usadas nas aulas práticas nos cursos das áreas de biologia e saúde, se destaca pelo aprimoramento acadêmico e economia para a Universidade. As lâminas são usadas especialmente nas disciplinas de citologia, embriologia, histologia e biologia celular para visualização de tecidos ou células no microscópio. "Antes, a maioria deste material, que é caro, era comprado pela instituição. Algumas lâminas já eram produzidas, porém, as lâminas mais específicas e de colorações especiais começaram a ser produzidas somente agora. O material biológico precisa ser seccionado e corado para que seja observado ao microscópio. Nas aulas práticas essas lâminas podem ser quebradas e a Univás estava sempre precisando de material novo que agora é produzido aqui. A tendência é que a produção de lâminas venha suprir toda a necessidade da Universidade", conta a coordenadora do curso de Biologia, professora Mirian Sáber.
A produção de lâminas com material proveniente da cultura de embriões de galinha, por exemplo, precisou ser autorizada pelo Comitê de Ética e Uso de Animais, a fim de respeitar todo o trâmite legal. Durante a entrevista, o professor Rodrigo Machado Pereira, recebeu a equipe de reportagem atenciosamente e mostrou uma lâmina feita através de testículos de ratos muito utilizada nas aulas de embriologia. "Produzimos muitas outras lâminas, como aquelas feitas de embrião de galinha, também utilizadas em aulas de embriologia, para que os alunos possam identificar as estruturas do embrião em vários estágios de desenvolvimento desse animal. Nós cultivamos esses embriões no Laboratório Multidisciplinar do curso de Ciências Biológicas da Univás", explica o professor Rodrigo, mentor da ideia que resultou na confecção de lâminas histológicas.
O objetivo é confeccionar essas lâminas para uso nas aulas práticas dos cursos de Ciências Biológicas e dos cursos da área da Saúde. Os acadêmicos foram treinados e já possuem toda habilidade para desenvolver as técnicas de confecção."É um processo trabalhoso e delicado que faz parte da área de atuação do Biólogo. Portanto, além dos alunos estarem se aprimorando na profissão também estão ajudando a Univás com uma economia relevante", ressalta o professor Rodrigo.
O laboratório de histotecnologia foi montado na unidade Fátima para confecção de lâminas para estudo e pesquisa. Dois aparelhos (micrótomos) fazem os cortes histológicos, sendo que um deles foi adquirido em parceria com o curso de Mestrado em Ciências da Saúde da Univás."Recebemos apoio da reitoria e dos técnicos de outros laboratórios da Universidade. O trabalho é contínuo e todos os alunos que atuam no laboratório são voluntários do projeto. Isso contabiliza como horas em atividades acadêmicos-científicos-culturais (AACC)", esclarece Rodrigo Pereira.
Histologia
A histologia é a ciência que estuda os tecidos biológicos desde de sua formação até o seu funcionamento, esses tecidos são constituídos por grupos de células que são extremamente pequenas, tornando assim a histologia dependente de microscópio e de lâminas, os microscópios mais utilizados nas aulas de histologia são os microscópios ópticos. As lâminas histológicas por sua vez são essenciais para o estudo da histologia, pois é através delas junto ao microscópio que podemos identificar as características dos tecidos, elas também são muito utilizadas em pesquisas fisiológicas, imunológicas e patológicas. O conjunto de procedimentos necessários para a preparação de amostras (tecidos e órgãos) para o microscopia de luz é chamado de histotecnologia.
Projeto de Extensão
O projeto de extensão conta com envolvimento fundamental da coordenadora do curso, Mirian Sáber; do professor Rodrigo Pereira e professora Adriana dos Anjos Mendonça; do técnico do Laboratório de Biologia, Eliakim José de Souza Lopes; e dos acadêmicos Carolini Inácio Mendes, Isabela Arouca, Fábio de Jesus Freire, Leandro Gustavo do Prado, Luiz Paulo Ferraz, Thayla Rodrigues e Willian José Barbosa.
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