| Notícia da Universidade do Vale do Sapucaí
Data 18/05/2017 12:17:01
Curso de Psicologia realiza diversas atividades no Dia do Movimento de Luta Antimanicomial

Diversas atividades foram desenvolvidas nesta quinta-feira, dia 18 de maio, no Anfiteatro da Universidade do Vale do Sapucaí (Univás) durante evento do Movimento de Luta Antimanicomial. As ações foram desenvolvidas pelos acadêmicos do curso de Psicologia, coordenado pela professora Maria Inês Bustamante. "Há mais de 30 anos, na primeira Conferência Nacional de Saúde Mental realizada em Bauru (SP), se concretizava o movimento Nacional da Luta Antimanicomial. De lá pra cá muito muitos frutos foram colhidos dessa luta social, mas muito ainda temos que fazer pelo direito a um tratamento eficiente e sensível para as pessoas com sofrimento psíquico", analisa a coordenadora.

O evento contou com a participação de membros do Centro de Convivência, que apresentaram uma canção composta por eles para a comemoração da data e foram aplaudidos de pé por todos os presentes. "Nesse trabalho, eu me percebo crescendo muito como pessoa e não só como profissional. Esse tipo de atividade me fez valorizar as coisas do dia a dia, pois convivo com um grupo de pessoas que mostram superação diária e, apesar das dificuldades, obtêm suas conquistas", conta a aluna, Ellen Paula Borges de Freitas, que faz estágio no Centro de Convivência. As alunas Rafaela Machado, Sabrina Granito e Suzana Oliveira elaboraram um vídeo documentário sobre a Luta Antimanicomial que foi exibido no Anfiteatro.

O professor Alessandro Caldonazo Gomes, vice-coordenador do curso de Psicologia, afirma que toda sociedade precisa ser sensível com as pessoas que possuem transtornos mentais. "Com a reforma psiquiátrica no Brasil nós remodelamos a assistência às essas pessoas que passaram a ter uma atenção mais humanizada e torcemos para que todas as cidades melhorem o tratamento nesse sentido", conta. Criar nos alunos uma consciência ética, cidadã e crítica sobre a situação da saúde mental é um dos objetivos do evento."Primeiro temos que entender a pessoa, entender que ela tem um problema, e muitas atitudes tomadas por elas não são da sua própria vontade. Temos que entender que fora de uma situação de crise, ela é como a gente. Todas as pessoas são diferentes, não existe ninguém igual ao outro, precisamos quebrar o conceito que todos tem que ter um padrão de comportamento. Temos que entender e compreender as dificuldades dessas pessoas sem preconceito. As pessoas que estão num momento de dificuldade maior, dificuldade extrema, deve procurar ajuda psicológica e alguns casos o auxílio psiquiátrico", explica o professor Alessandro.