| Notícia da Fundação de Ensino Superior do Vale do Sapucaí
Data 26/05/2017 15:18:01
Hospital Samuel Libânio protesta contra a falta de repasses do Governo Estadual

Autoridades, funcionários e pacientes do Hospital das Clínicas Samuel Libânio (HCSL) se reuniram na manhã desta sexta-feira, dia 26 de maio, em frente ao Pronto-Socorro, para participar da ação coletiva de iniciativa da FEDERASSANTAS, que representa as Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de Minas Gerais. "Estamos aqui em defesa do SUS. Estamos aqui em defesa da vida. Nosso Hospital Samuel Libânio, que atende 153 municípios, se junta hoje a mais 127 hospitais de Minas para mostrar que estamos de luto, estamos de preto simbolizando a morte da cidadania, simbolizando a morte do bom senso na área da saúde. A área de saúde não para, pacientes e ambulâncias chegam a todo momento. Precisamos de mais respeito, por isso estamos de luto pela vida", ressalta o presidente da Fundação de Ensino Superior do Vale do Sapucaí (Fuvs), Luiz Roberto Martins Rocha.

Em Minas Gerais, pelo menos 128 hospitais filantrópicos sofrem com atrasos nos repasses de recursos financeiros e com uma dívida do Governo de Minas, que já ultrapassa R$ 250 milhões de reais.

A ação coletiva contou com o apoio do prefeito de Pouso Alegre, Rafael Simões, que chamou os colaboradores do Hospital de heróis. "Nós estamos juntos com os funcionários do Samuel Libânio para fazer uma manifestação em prol da saúde e em prol da vida. É uma vergonha o que está acontecendo em Minas Gerais com a falta de dinheiro para saúde. Esse Hospital tem atendido constantemente as pessoas sem receber. Isso precisa ser mudado e a população precisa apoiar esse movimento", disse o prefeito, que estava acompanhado da secretária municipal de Saúde, Sílvia Regina Pereira da Silva, outra defensora ardorosa da saúde pública
e do Hospital Samuel Libânio.

A
imprensa e usuários do Hospital Samuel Libânio estão recebendo durante todo dia de hoje informações sobre a crise no setor e as dificuldades enfrentadas para garantir atendimento à população. "Estamos realizando esse movimento pela saúde pela falta de repasses do governo estadual ao Hospital Samuel Libânio. Mesmo com a melhoria do atendimento da Prefeitura continuamos batendo recordes de atendimentos. Por exemplo, na terça-feira dessa semana, fizemos 348 atendimentos só no Pronto Socorro, fora ambulatório e exames já agendados. Sem esse repasse de recursos nós deveríamos parar, mas nós vamos continuar os atendimentos com esses funcionários engajados, unidos, que lutam pela vida de todos os pacientes dessa instituição", conta o diretor executivo da Fuvs, Igor Souza Nogueira Oshiro.