| Notícia da Universidade do Vale do Sapucaí
Data 20/04/2018 07:23:01
Mestrado da Bioética da Univás promove debate sobre Práticas Integrativas no SUS

O Mestrado em Bioética da Universidade do Vale do Sapucaí (Univás) realizou na noite desta quinta-feira, dia 19 de abril, no Salão de Eventos da Unidade Fátima, uma mesa redonda para debater a "Incorporação das Práticas Integrativas no SUS: riscos ou benefícios?". No início do evento, os debatedores Augusto Castelli Von Atzingen e Murilo Fonseca Bortolozzi foram recebidos pelo mediador, professor Luiz Roberto Martins Rocha, que enalteceu a presença e a coragem dos profissionais em tratar de um tema tão relevante e polêmico. Luiz Roberto, que leu uma notícia recente sobre o assunto abordado, lembrou que o Mestrado de Bioética faz questão de abrir espaço para todos os tipos de discussão que façam pensar e buscar soluções para as questões mais relevantes da sociedade.

O professor Augusto Castelli explicou que as práticas integrativas são métodos diagnósticos e terapêuticos que já estão atuantes desde 2006 e vem gerando polêmica neste ano pela autorização de novas práticas. Os tratamentos mais recentes utilizam recursos terapêuticos, baseados em conhecimentos tradicionais, voltados para prevenir diversas doenças, como depressão e hipertensão. São elas: apiterapia, aromaterapia, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, geoterapia, hipnoterapia, imposição de mãos, ozonioterapia e terapia de florais. Com as novas atividades, ao todo, o SUS passou a ofertar 29 procedimentos à população. "O Conselho Regional de Medicina (CRM) reconhece algumas práticas comprovadas cientificamente como acupuntura, homeopatia, e outras não, apesar de serem catalogadas no Conselho Nacional de Saúde. Essa polêmica gera muitas interrogações e, por isso, precisamos ter um bom senso para encontrar um equilíbrio que possa realmente beneficiar a população", defende o médico Augusto Von Atzingen.

Em 2006, quando foi criada a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) eram ofertados apenas cinco procedimentos. Após 10 anos, em 2017, foram incorporadas mais 14 atividades: ayurveda, homeopatia, medicina tradicional chinesa, medicina antroposófica, plantas medicinais/fitoterapia, arteterapia, biodança, dança circular, meditação, musicoterapia, naturopatia, osteopatia, quiropraxia, reflexoterapia, reiki, shantala, terapia comunitária integrativa, termalismo social/crenoterapia e yoga. "Eu sou a favor que o SUS absorva cada vez mais possibilidades terapêuticas mas precisamos ter os pés no chão para que a própria formação destes profissionais tenha um pouco mais de consistência. Eu observo, na maioria das vezes, que as pessoas na ansiedade de ajudar e realizar rapidamente os procedimentos optam por uma formação muito pobre. É muito importante debater esse assunto no meio acadêmico que possui as ferramentas para validar ou nãos certas indicações terapêuticas", analisa o médico Murilo Bortolozzi.

Augusto Castelli Von Atzingen
Doutorado em Radiologia Clínica pela Universidade Federal de São Paulo(UNIFESP). Mestrado em Bioética pela Universidade do Vale do Sapucaí (Univás), professor auxiliar na disciplina de Radiologia e Diagnóstico por Imagem e orientador no Mestrado de Bioética da Univás. Graduação em Medicina pela Univás e residência médica em Radiologia e Diagnóstico por Imagem(RDI) no Hospital Universitário Samuel Libânio.

Murilo Fonseca Bortolozzi
Graduado em Medicina pela Universidade Estadual de Londrina - Paraná . Possui título de Especialista em Homeopatia e título de especialista em Medicina Nuclear- Colégio Brasileiro de Radiologia. É formado em Acupuntura pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Acupuntura e Medicinas Asiáticas Tradicionais(CEPAMAT-MG). Ele é pós-graduado em formação de especialista em Acupuntura pela FACEI.








































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