Notícia da Universidade do Vale do Sapucaí

Alunos da Liga GUMPI da Univás levam alegria aos corredores do Hospital Samuel Libânio

Projeto de extensão do curso de Enfermagem é destaque no Hospital das Clínicas Samuel Libânio

Idealizada por dois acadêmicos do curso de Enfermagem da Universidade do Vale do Sapucaí (Univás) no ano de 2003, os hoje egressos Alyssom de Freitas e Edwin Borges (Dr. Toucinho e Dr. Meio Kilo, respectivamente), a Liga Grupo Universitário Móvel de Palhaçada Intensiva (GUMPI) foi criada para realizar um trabalho lúdico e de humanização nos diversos setores do Hospital das Clínicas Samuel Libânio (HCSL).

A Liga GUMPI tem como principal objetivo utilizar o lúdico para humanizar o ambiente hospitalar. "Quem disse que tem que ser triste, sério e sofrido? O lúdico é fator que contribui no desenvolvimento infantil. Além de aprender, nas atividades de brincadeira a criança consegue relacionar seu dia a dia à momentos de alegria e prazer, minimizando o sofrimento diante a situação dolorosa e de sofrimento", conta a professora orientadora da Liga GUMPI desde 2004, Cremilda Eufrásio.

Atualmente a Liga GUMPI conta com o apoio dos cursos das áreas da Saúde da Unidade Central da Univás (Medicina, Enfermagem, Psicologia, Fisioterapia e Nutrição) e participa de diversos eventos. No total são 21 acadêmicos de diversos cursos da área da Saúde que participam do projeto.

Semanalmente os acadêmicos da Liga GUMPI visitam diversos setores do Hospital Samuel Libânio distribuindo sorriso, alegria e muita descontração. Na Pediatria, a interação das crianças com os personagens é de imediato. "É muito gratificante esse trabalho voluntário. As crianças se integram de imediato, e quando isso acontece, aos poucos vão se aproximando da gente e depois não querem nos deixar sair", conta a acadêmica Letícia Costa, que participa da Liga GUMPI.

A professora Cremilda Eufrásio conta que adultos e idosos, ao se aproximar dos integrantes da Liga acham tudo uma palhaçada, "e na realidade é mesmo, pois nos vestimos com roupas muito coloridas, maquiadas e com adornos muito extravagantes, mas acabam abrindo um grande sorriso, brincam e integram em momentos de descontração", afirma.

A coordenadora da Liga GUMPI acredita que cada componente tenha um momento marcante para contar, "mesmo porque, as visitas a Pediatria e Enfermarias são realizadas em pequenos grupos. Imagine você, 15, 20 palhaços juntos, a bagunça seria muito grande...(risos) Sempre nas visitas, após aceitação da criança para brincar, cantamos, batemos palmas e dançamos. Em uma destas visitas havia um garotinho de quatro anos que tinha uma deficiência em uma perna. As crianças dançando e ele sentadinho, tristonho, olhava do pai para nós e de nós para o pai, como se perguntasse: eu posso? Tenho aprovação pra tentar? Como o pai nada disse, estendemos as mãos pra ele e ele dançou... Dançou conosco, dançou sozinho, dançou mais que todas as crianças, dançou para uma nova vida, mesmo com deficiência, talvez com dor, dor da perna e da alma. Aquele momento fez a diferença pra todos nós", relembra Cremilda Eufrásio emocionada.

Para participar da Liga GUMPI o acadêmico precisa participar do Processo Seletivo que ocorre anualmente. O critério pré-seletivo é a participação da acadêmico no Fórum, evento que acontece todos os anos, com temas relacionados ao lúdico e a humanização.

Conduzindo a Liga GUMPI há 10 anos, a professora Cremilda Eufrásio afirma que foi o melhor presente que recebeu dos acadêmicos da Unidade Central da Univás. "Presente marcado por chegadas e saídas, por risos e choros a cada final de ano... Choro pela despedida dos que se vão, risos pra receber novos integrantes, despertá-los para esse caminho de voluntários e humanização. Há coisas que transcendem o corpo e o olhar, que nos surpreendem, que nos faz perceber que levar um pouco de alegria e descontração não custa quase nada, mas tem um valor imensurável. Conseguir 'fazer nascer' um sorriso na face de uma criança doente e os pais, sorrirem com os olhos marejados, também em agradecimento por aquele momento, faz toda a diferença na vida pessoal e profissional", finaliza Cremilda Eufrásia.

Confira a cobertura fotográfica: